sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Example

A dama na água (Lady in the water) - M. Night Shyamlan, 2006: Sou bastante suspeita para falar de Shyamalan, mas em se tratando de cinema, o cara pode ser um deus da perfeição em um filme e no próximo fazer uma porcaria qualquer, mesmo que sem querer.

M. Night teve o 'azar' de fazer de seu primeiro longa algo tão surpreendente e bom que poderia muito bem estar fadado ao fracasso eterno depois de "O sexto sentido" por mais que se esforçasse. Não por sua culpa o excelente "Corpo fechado" teve uma campanha publicitária pavorosa (comparando-o com o primeiro, quando são obras bem diversas) por parte do estúdio. "Sinais" fez seu barulho, mas não chegava ao que causou "O sexto...", apesar de sustos ótimos e elenco idem. "A vila", em meu ver, teve um final meio que estranho, faltou tato, mas o filme em si é bom, e repetindo, o elenco também. E em "Stuart Little", ao adaptar a obra, ele já deixou sua (até então) sutil marca registrada: água.

"A dama na água" sofreu bastante até ser filmado e estrear. A Disney, primeira produtora a acolher M. Night Shyamalan não topou o roteiro, não queria que M. Night atuasse no filme, e não queria uma fábula. Shyamalan se mostrou mais fiel a seus ideias e 'filhotes' e deixou a produtora, claro, sendo acolhido por outra quase que imediatamente.

Assim, ele reconvocou a surpreendente Bryce Dallas Howard para um papel que poucas atrizes topariam (ou conseguiriam fazer): uma narf, quase muda, sem maquiagem e sem figurino (literalmente). Bryce consegue cumprir seu papel com destreza, criando uma aura de fragilidade e mistério que uma personagem fanstástica pede. Lembro-me encantada pelo trabalho da atriz em "A vila" e continuo assim. Não vejo a hora de vê-la em "Homem-Aranha 3" no importante papel de Gwen Stacy.

Paul Giamatti é um ator excepcional, que o mundo demorou a descobrir, mas graças ao bom Deus, isso já passou e podemos nos brindar com suas sempre inspiradas e dedicadas atuações. Como o síndico Cleveland, Giamatti nos mostra um cara comum, mas que guarda uma grande dor, apesar de ser sempre gentil e por muitas vezes submisso. Excelência, meus caros, muita rara hoje em dia.

Não assista esperando um suspense, que não é, em absoluto.

É uma fábula (sim, uma fábula) que Shyamalan criou para seus filhos e que ganhou uma beleza especial ao ser passada para a telona. Atente para as críticas políticas, sociais, raciais, e críticas aos críticos (já vi alguns enfurecidos pela figura que M. Night deu para os críticos de cinema; hilário).

Ah, sim, fotografia eficiente, como sempre.

E o cartaz azul, minha gente!, desde a primeira vez que o vi, quis tê-lo na parede da minha sala.

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Eu já repeti de ano...graças ao bom Deus.

Eu e milhões de pessoas já passamos pela experiência de repetir um, ou mais, anos da escola. No meu caso, tudo aconteceu no primeiro ano do segundo grau,onde tive que me adaptar a uma rotina de escola integral, levar marmita de casa, acordar de madrugada, não ter a presença do meu irmão por perto (estava acostumada em vê-lo todo "recreio") e com uma escola cheia de desconhecidos. Mas o que que me derrubou mesmo foram as aulas de matemática...affe...a velha matemática. Porém, ao contrário da maioria das pessoas, eu não fiquei triste em repetir de ano. Na hora até fiquei um pouco chateada, mas dois dias depois eu estava bem feliz e, hoje, agradeço ao bom God por ter sido reprovada.
A primeira vez que eu fiz o primeiro ano do colegial foi péssima. A minha turma era muito diferente de mim, não consegui me encontrar. As meninas com quem eu almoçava, que deveriam ser minhas amigas, ficaram tirando sarro da minha cara toda hora, me chamavam de "lerdinha", diziam que eu só falava bobagens (e era verdade...rs) e etc. Me sentia um peixe fora d'água. Eu sofri, viu? Acho que foi um dos piores anos da minha vida, senão o pior.
Só sei que se não fosse aquela tal de matemática hoje eu não teria 3 grandes amigos da época do colegial e não teria vivido uma das melhores fases da minha vida...que me deram até rugas de expressão, de tanto rir.
Tá vendo, tudo é relativo nessa vida, basta apenas mudar o ângulo com o qual se vê as coisas (ai que bonito isso que eu escrevi agora...rs).Essa coisa de mudar ângulo parece coisa de matemática...é, não tem jeito, ela me persegue mesmo.

PS. Esqueci de falar: se você não sabe em quem votar nessas eleições, vote em mim...rs.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Aceitando o convite muito legal da Carol, apresento a todos as minhas esquisitices. Espero que as demais companheiras apresentem as suas e os leitores também para que assim possamos conhecer um pouquinho mais de cada um.

5 manias/esquisitices minhas

1. Lavar as mãos toda hora. É impressionante, pois já cheguei a pensar que era TOC (transtorno obsessivo compulsivo). Se eu pegar em qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo, eu lavo as mãos. E não vale só passar embaixo da água, tem que esfregar com sabonete e enxaguar bastante. Devo passar uns 30 minutos do meu dia me dedicando a essa “higiene”. Carol, pode apertar a minha mão sem medo. Eu garanto!!!

2. Não sair de casa (nem na porta!) sem brinco. Eu acho que já nasci de orelha furada e com um brinquinho pendurado, pois abomino a minha imagem diante de um espelho ou diante de alguém sem brincos. Fico com cara de doente. É como se faltasse uma parte de mim e eu sempre penso que está todo mundo reparando, ou seja, me achando estranha. Pra garantir o fator esquecimento, sempre tenho um par de brincos “coringas” dentro da bolsa, sem falar que tenho uma coleção já incontável em casa, pra não enjoar e poder trocar sempre.

3. Não sorrir quando tiro fotos. Não adianta. Pode falar xiiiiiiiiis à vontade que eu não vou sorrir. Tento evitar ao máximo, pois quando forçam e o xiiiiiiiiiiiiiiiiis é tão insistente, acabo ficando com aquela cara de bocó ou então de sorriso falso. Odeio!!!

4. Dormir em ônibus. Depois de 4 anos de faculdade indo e voltando de ônibus todos os dias, sabendo que tem mais 1 ano pela frente, vendo as mesmas árvores passando, as mesmas casas ficando para trás, é inevitável. Tá certo que pra faculdade eu vou de fretado, mas acontece que tem dias que eu volto de ônibus de linha e algumas pessoas até consideram perigoso dormir, pelo risco de assalto, mas eu realmente não consigo me manter acordada. Durmo muuuuuuuuito. E olha que é só 1hora e 30 minutos de viagem entre Tatuí e Sorocaba.

5. Entrar no msn só pra ver quem está online. Quase não tenho feito isso, devido ao tempo curtíssimo que tenho podido estar na internet porque minha conexão é discada e então travar deveria entrar nesta lista como minha 6a. mania. Entretanto, quando consigo, faço. Geralmente, entro como “aparecer offline” para que ninguém me veja e tente puxar papo, pois o tempo antes de travar, acaba não dando nem pra eu responder o “Oi, tudo bem?” e aí eu fico p...da vida.

domingo, 24 de setembro de 2006

Voltando

Oi, pessoal...
Estou voltando aos poucos, essa é a 2a vez que posto aqui, neste novo espaço. Para quem ainda não me conhece, eu sou a Priscila, faço parte disso aqui desde quando tudo começou. Sou paulista de Limeira, interiorrr, tenho 26 anos, sou casada há 7 anos e meio com o Davi e sou mãe da Yasmin, de 7 anos, uma garotinha muito especial. O que posso dizer sobre mim??? Que já levei muita bordoada da vida? Quem não levou? Quem não apanhou da vida não viveu...é isso que eu penso. O legal é apanhar, cair, e levantar mais forte... Isso sim é viver! Uma dessas bordoadas me levou à Enfermagem. Estou no segundo semestre do curso de Auxiliar, e amando... Amando tanto que vou fazer faculdade, assim que terminar esse curso. Gosto também de ler, de ficar em casa sozinha assistindo um filme atrás do outro, me empanturrando de pipoca, de refrigerante e de celulite. Eu tb acho que ser mulher é ter celulite, mas isso é assunto prá outro post. Levei bordoadas da vida, mas dela também ganhei muitos presentes... Um deles foi conhecer essa meninas tão maravilhosas que fazem parte desse espacinho, e conquistar verdadeiras amizades, pois todas elas são pessoas muito especiais para mim. Vou revezar com a Ana aos domingos, e estou muito feliz em voltar. Beijos a todos!

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Confissões

Recebemos este desafio, há meses, mas foi numa época em que estávamos todas apertadas de tempo para nos dedicar como queríamos ao 7x7.
Como vi no MM's que este questionário ainda está rodando pelos blogs, resolvi responder. Eu teria de indicar 5 pessoas para responder. Mas como o 7x7 só funciona com 7 pessoas ou mais, fica em aberto o convite para as minhas companheiras e amigas deste e para vocês todos, claro.

5 manias/esquisitices minhas

1. Não gosto de apertos de mão. É, como o Donald Trump (só que sem o cabelo... incompreensível): sempre fico pensando onde aquela mão alheia que aperta a minha passou. Aliás, não fico pensando, porque já cheguei a conclusões pavorosas. Eca. Sim, mesmo que seja de uma pessoa muito conhecida. Mas pessoa muito conhecida dou abraço ou beijinho-de-tia, uai.

2. Andar descalço em casa. Ou de meias, quando faz frio. Minha irmã mais velha fica fula porque eu encardo as meias (só as minhas, claro, mas ainda assim ela fica uma fera) ou ando descalço no chão frio. Engraçado que a-do-ro sapatos. Mas só fora de casa.

3. Ter ciúmes dos meus livros. Até já fiz um post sobre isso, em
março, se não me engano. Tenho o maior xodó. Encapo com ‘contact’ transparente, identifico todos eles (lembro que Rê sugeriu um carimbo. Adorei a idéia!), não empresto nem a pau, e outras firulas mais.

4. Adoro ficar sozinha em casa. Todo mundo custa a acreditar, mas me sinto muito bem na minha própria companhia. Sem contar que não preciso dividir computador, televisão, DVD, banheiro e cozinha com ninguém quando passo horinhas preciosas sozinha em casa. Casmurra? Mesquinha? Sincera, prefiro. Não minto pra ninguém essa minha predileção pela solidão caseira.

5. Filme estrangeiro legendado. Desenho animado inclusive. Na Europa (e acredito que na América do Norte também) o público tende a não gosta de ler legendas em filmes, preferindo filmes em sua própria língua ou dublados; eu sofria a beça para encontrar os filmes que eu queria ver legendados (90% são dublados nos cinemas e nas locadoras). Desenho animado assisto sozinha, em casa (porque aqui em Poços os cinemas só exibem desenho animado dublado), senão dá briga com amigos e irmãs. Por quê? Porque muito da interpretação dos atores se perde na dublagem. Desenho animado inclusive.

Por falar em cinema: "Serpentes a bordo". Se você tem medo de cobras, não assista (além de bizarro é nojento). Se você tem medo de avião, não assista ('Lost' é pouco perto do que acontece com o povo deste filme). Mas, sobretudo, se você tem pavor a filme ruim, não assista (e não venha me dizer que não avisei). Se bem que eu entendo Samuel L. Jackson, todo mundo tem contas a pagar.

domingo, 17 de setembro de 2006

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Não, a gente não se cansa de falar sobre

É muito difícil de explicar quando a amizade te pega de jeito e não te solta. Agarra de uma tal maneira que é no vai ou racha.


Não há maneira de você meio-gostar de alguém (pelo menos comigo não; nem contigo, né Katita), e com o clã 7x7, além de termos gostado uma da outra só no ler dos blogs, quando nos conhecemos 'ao-vivo-e-a-cores' foi tão natural e bom que não cabia dúvidas: havia nascido uma amizade sincera e cheia de nuances, porque a gente se gosta pra caramba, mas há opostos dentro do grupo que só fazem deixá-lo mais interessante e especial.


Passamos meses, anos sem nos ver. Mas quando nos reencontramos parece que cada uma tinha se visto ontem, tinha entrado uma na casa da outra, aberto a geladeira e se servido do refrigerante/do sorvete alheio (é, a gente praticamente passou a base de sorvete e refri, rs), sentado no sofá e chorado as mágoas, pedido um abraço para afastar as mágoas ou deitado no chão para zoar e brincar, como se crianças ainda fôssemos (ou pelo menos, nunca perdemos o humor que nos mantém jovens), ou pedido uma mão para retocar a raiz do cabelo ou mudar de vida, trocando tudo e praticamente parecendo que trocou de cabeça, tamanha a diferença de como entrou e de como saiu dali, e continuar magavilhosa.


Cabe de um tudo no clã: desde o assunto mais sério que pede empenho de todas, desde a zoação porque finalmente uma delas desencalhou ou o abraço apertado para afastar a angústia. Cabem os agregados, os familiares, os animais de estimação ou amigos dos amigos. E os leitores, que fazem o blog possível.


Sinto-me privilegiada por fazer parte deste grupo, desta família.


Adoro vocês e obrigada por me deixar fazer parte disso tudo. Example

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Foi assim...




Pois é, nem preciso falar nada. Preciso?

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Eu não estava lá, mas era como se estivesse

No sábado, acordei perto das 7 da manhã e já fiquei pensando: Tomara que a Gel e a Carol não percam o ônibus.
Durante a manhã, fiquei bem borocoxô, fazendo inclusive minha mãe perguntar o que estava me aborrecendo tanto e eu respondi: Queria estar lá em São Paulo com as minhas amigas.
Passei o dia imaginando tudo que rolava por lá...
...Agora devem estar se abraçando muito na chegada na rodoviária.
...Agora devem estar passeando por SP.
...Agora estão almoçando.
...Agora estão falando sobre o livro.
...Agora estão lembrando de quem não foi.
...Agora estão rindo muito.
...Agora estão tirando fotos.
...Agora estão bagunçando mais e mais.
...Agora estão indo dormir.
...Agora estão acordando.
...Agora estão indo passear mais um pouco.
...Agora estão aproveitando muito os últimos momentos.
...Agora estão meio tristinhas, arrumando as coisas pra ir embora.
...Agora estão se abraçando e chorando.
...Agora estão indo embora com a maior vontade de ficar.

Pois bem, meninas! Não sei se as coisas aconteceram da forma como imaginei, mas esse foi o jeito que eu encontrei de tentar estar lá pelo menos no meu pensamento e no meu coração.
Tenho certeza que tudo foi maravilhoso e que nossa amizade só faz crescer a cada encontro.
Ano que vem, vou querer aproveitar cada uma de vocês em dobro, ok?

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Girls just wanna have fun!



Ana, Rê e Márcia!!!! Vcs n estavam lá, mas era como se estivessem, porque nos lembramos muito de vocês!!!!

domingo, 10 de setembro de 2006

GAROTAS QUE QUEREM DIVERSÃO!!!


Hoje não é um domingo como qualquer outro... Este é um domingo especial. Em algum lugar de Sampa, há um grupo de mulheres reunidas. E tudo o que querem é celebrar!! Celebrar a alegria, a amizade, o companheirismo, a sinceridade, a cordialidade, a cumplicidade e parceiria. Finalmente, há um grupo de mulheres especiais reunidas, não para mostrar aos outros, mas para lembrarem a si próprias, que uma amizade verdadeira transpõe até mesmo a virtualidade do mundo digital.
III Encontro 7x7
Apesar da ausência física, meu coração está com vocês, meninas!
A-PRO-VEI-TEM!!!

sábado, 9 de setembro de 2006

Intensa

Dia desses encontrei no carro da minha sogra um Cd que eu havia perdido. Fiquei tão contente que soltei um "Nossa, tava com saudades de doer deste Cd"..."Exagerada", fui chamada.
Mas sou assim: não sinto meia-saudades, não fico meio-apaixonada, não sinto meia-dor....
Sou plena, inteira, completa e transparente. Se sinto medo, nojo, dor, ou qualquer sentimento ou sensação, não sei disfarçar.
Se amo, amo por completo, se me apaixono, é por inteiro, até o último fio de cabelo. Se desejo, fica estampado na minha cara.
Se for fogo, vou me queimar inteira, se for água, certamente me afogarei...
Mergulho em tudo que sinto, em tudo que faço.
Posso até me machucar as vezes, mas até a dor que sinto é completa.
Me sinto viva assim, e só assim, sendo intensa.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Vamos que vamos!

Não vai ter praia dessa vez, mas a música na voz deliciosa do idem Leoni embala nossos encontros à perfeição. (Aninha, farás uma falta que não imaginas... :( )


Ah, link para baixar a música, no título.


Fotografia (Leoni/Leo Jaime)
Hoje o mar faz onda feito criança/ No balanço calmo a gente descansa/ Nessas horas dorme longe a lembrança/ De ser feliz/ Quando a tarde toma a gente nos braços/ Sopra um vento que dissolve o cansaço/ É o avesso do esforço que eu faço/ Pra ser feliz/ O que vai ficar na fotografia/ São os laços invisíveis que havia/ As cores, figuras, motivos/ O sol passando sobre os amigos/ Histórias, bebidas, sorrisos/ E afeto em frente ao mar./ Quando as sombras vão ficando compridas/ Enchendo a casa de silêncio e preguiça/ Nessas horas é que Deus deixa pistas/ Pra eu ser feliz/ E quando o dia não passar de um retrato/ Colorindo de saudade o meu quarto/ Só aí vou ter certeza de fato/ Que eu fui feliz/ O que vai ficar na fotografia/ São os laços invisíveis que havia/ As cores, figuras, motivos/ O sol passando sobre os amigos/ Histórias, bebidas, sorrisos/ E afeto em frente ao mar.
UPDATE: Rê e Marcita também fizeram falta... :'(

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Esse ano também tem...

E dessa vez eu também vou!!!

quarta-feira, 6 de setembro de 2006


Eu nunca soltei pipa

Graças a Deus, sou uma pessoa de poucas frustrações. Talvez pela pouca idade que ainda tenho e pelos sonhos ainda projetados, entretanto posso dizer que tenho uma frustração que me acompanha sempre: Eu nunca soltei pipa.
Pode parecer a maior besteira do mundo, mas tenho verdadeira paixão por essas marionetes do céu.
Não posso ver uma pipa tremulando lá em cima, que logo me pego olhando, acompanhando os movimentos. Acho tão singelo e gracioso. Quanto mais colorida melhor.
Quando eu era criança já tinha essa paixão e meu pai chegava a fabricar o brinquedo para mim (tive uma amarela tão linda!), mas nunca cheguei a ter o prazer de brincar porque minha mãe dizia que isso não era brincadeira de menina e eu ficava constrangida de sair na rua para empinar. Esse deve ser o mal de não ter irmão homem...rs...pois se eu tivesse ia junto e pronto!
Bom, acontece que dia desses caiu uma no quintal de casa. Vermelha, branca e preta. Não veio nenhum moleque atrás.
Por alguns instantes me imaginei soltando aquela pipa, em qualquer lugar que fosse, só para vê-la subindo e se mexendo conforme o vento.
Sorri e trouxe a pipa pra dentro. Está pendurada esperando. Quem sabe, eu encontro um lugar qualquer para dar liberdade a ela e acabar com essa minha frustração.

domingo, 3 de setembro de 2006

DOS 14 AOS 28. HUM... OU SERIA DOS 28 AOS 14??

Nesta semana reencontrei uma pessoa dos tempos do Ensino Médio. Ninguém “muito importante”, mas alguém que me fez lembrar de algumas coisas...

Me lembrou de quando eu tinha meus 14 anos. E já comecei a pegar o ônibus sozinha prá ir até o Centro (Floripa-ilha). Isso foi grandioso, já que depois de estudar por sete anos perto de casa e ter a mãe me levando até a escola por um tanto desses anos, pegar o ônibus sozinha era um grito de liberdade! Até perceber que também iria pegar ônibus cheio, ficaria de pé, esperaria um tempão na fila, ficaria presa no trânsito e essas coisas... Mas que esse comecinho foi o máximo, ah, foi...

E me lembrou de quando eu comecei a matar umas aulinhas. Me c*ando de medo, mas ficando lá embaixo do pátio do IEE, de bermuda ciclista da Origin, camiseta do uniforme com malha de pijama (fio escócia) e moletom preto (até nos dias de sol fervente!) amarrado na cintura. Cabelãããão. Não que eu tivesse uma boa razão pra matar aula. Eu só queria sentir o gosto de saber que tava fazendo algo que não poderia estar fazendo, mas que nem era tão grave assim. Otária, ainda matava aula pra ficar dentro do próprio colégio! Tsc, tsc...

Também foi quando eu peguei recuperação pela primeira vez na vida Mas não por falta de estudo. Eu sempre gostei de estudar e estudei bastante. Por azar, mesmo. Eu já ajudava o meu pai no escritório e juntava meu dinheirinho prá adquirir meus sonhos de consumo: sapato da 775, tênis da 775, arco de cabelo da 775, calça da Origin, camiseta da Colcci e todas essas bobiças que a gente supervaloriza quando tem 14 anos. Sandália de dedo, nem pensar!!!

Engraçado olhar pra trás e me perceber tão diferente de hoje. Mais engraçado ainda achar que a pessoa que encontrei, ou melhor, só vi passar, parece ter continuado igual. No jeito de se vestir, de andar e parece nem ter envelhecido (apesar de já ter dobrado de idade). Ou essa percepção foi fruto da falta de oportunidade de parar pra conversar ou o tempo realmente parece não passar para algumas pessoas. Hum... Que bom que pra mim ele passou!